quarta-feira, 16 de abril de 2014

IBIRAPITANGA - Fazendeiro de 72 anos é assassinado por filho e netos a golpes de machado


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Um assassinato com requintes de crueldade assustou a população da cidade de Ibipitanga (a 588 km de Salvador). O fazendeiro Manoel José da Silva, 72 anos, foi morto a golpes de machado e teve o corpo incinerado após uma discussão com familiares.
Os suspeitos do crime são um filho e três netos da vítima, que confessaram o homicídio e contaram com detalhes como tudo aconteceu. O crime ocorreu no dia 6, mas só foi descoberto no último final de semana com a prisão dos envolvidos.
Os presos foram identificados como Mildo dos Santos Silva, 46 anos, e seus filhos Genivaldo dos Santos Novaes, Adriano dos Santos Silva e Dermivaldo dos Santos Silva, 24. Além deles foram presas Mônica Cristina de Oliveira, Francieli Rosa de Oliveira, esposa de Genivaldo, e Dermivaldo por participação no crime.
Mildo e Dermivaldo morreram após trocar tiros com policiais do 4º Pelotão da 4ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) de Macaúbas. A prisão dos suspeitos ocorreu após familiares da vítima desconfiarem do comportamento dos suspeitos, que chegaram a ajudar nas buscas pelo fazendeiro que todos acreditavam ter desaparecido.
“Eles ajudavam, mas afirmavam todo momento que não iam encontrar a vítima, que, segundo eles, teria caído em um buraco na mata e foi comido por uma onça. Os familiares desconfiaram da conversa e procuraram a polícia”, contou o delegado Mauro Borges Bessa, titular da delegacia local. Durante o depoimento, os criminosos confessaram o crime.
De acordo com a polícia, Manoel teria descoberto o envolvimento do filho e netos em crimes ocorridos na região e teria ido até a casa dos autores conversar sobre o fato. Houve uma acirrada discussão e os suspeitos, com medo de serem denunciados, resolveram matar o idoso.
“Após a discussão, a vítima foi para casa, sendo que à noite recebeu o filho e os netos, que voltaram a discutir e deram uma gravata no pai, que desmaiou. O primeiro golpe de machado foi dado por Dermivaldo, sendo seguido pelos irmãos”, disse o delegado.
Logo depois do crime, os suspeitos enrolaram o corpo em uma lona e o colocaram no porta malas do carro de Mildo. Eles levaram o corpo para uma carvoaria e atearam fogo. Antes de deixar o imóvel onde ocorreu o crime, pai e filhos teriam limpado toda a casa para não deixar vestígios.
Confronto 
Um dia após o crime, familiares de Manoel estiveram na delegacia e registraram seu desaparecimento. “Foi quando souberam da discussão da vítima com o filho e netos e começaram a desconfiar. Policiais militares foram até a carvoaria e, em conversa com Adriano e Genivaldo, estes acabaram por confessar o crime”, contou o delegado.
Ao irem até à casa de Mildo, os policiais foram recebidos a tiros. Um soldado foi ferido com um tiro no rosto. “O Dermivaldo, que atirou no policial, e o pai fugiram e foram encontrados dois dias depois em um sítio. Houve troca de tiros e eles foram alvejados e morreram após dar entrada no hospital”, informou Mauro Bessa.
Genivaldo foi preso no sábado e encaminhado para a delegacia. Lá, ele e o irmão Adriano voltaram a confessar o crime e contaram detalhes do assassinato. Em depoimento à polícia, descobriu que os irmãos praticavam vários delitos na região, a exemplo de um latrocínio que vitimou Cândido José de Oliveira, sogro de Genivaldo.
“Este crime ocorreu em 14 de janeiro deste ano na cidade vizinha de Rio de Pires e foi praticado pelos irmãos com a ajuda de um homem identificado como ‘Negão de Maria’”, afirmou o delegado.

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