Operação prende suspeitos de pornografia infantil na Bahia e outros 17 estados
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira, 15, a operação
Darknet, que tem por objetivo confirmar a identidade dos suspeitos e
buscar elementos que comprovem os crimes de armazenamento e divulgação
de imagens e abuso sexual de crianças e adolescentes. Estão sendo
cumpridos 93 mandados de busca, de prisão e de condução coercitiva em 18
Estados e no Distrito Federal, informa o site da PF. A Operação Darknet
foi deflagrada simultaneamente por 44 unidades da Polícia Federal nos
estados do Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas
Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do
Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Mato
Grosso do Sul e no Distrito Federal. As informações obtidas durante as
investigações que envolvem suspeitos de outros países foram repassadas
para autoridades de Portugal, Itália, Colômbia, México, Venezuela. Pela
primeira vez em operações de combate à pornografia infantil, a Polícia
Federal rastreou o ambiente conhecido como deepweb, considerado um meio
seguro para que usuários da internet divulguem anonimamente conteúdos
variados.A arquitetura desse ambiente impossibilita a identificação do
ponto de acesso (IP), ocultando o real usuário que acessa a rede.
Através de metodologia de investigação inédita e ferramentas
desenvolvidas, os policias federais conseguiram quebrar esse paradigma e
identificar mais de 90 usuários que compartilham pornografia infantil.
Até o momento, somente as polícias dos Estados Unidos e da Inglaterra
realizaram investigações de crimes praticados através da deepweb. No
decorrer da investigação, iniciada há um ano, pelo menos seis crianças
foram resgatadas de situações de abuso ou do iminente estupro, em
diversos locais do Brasil. Em um dos casos, um pai relatava que iria
abusar da filha assim que ela nascesse. Nesses episódios, policiais
federais agiram e evitaram que as crianças permanecessem ou se tornasse
vítima, prendendo quatro investigados. Voz da Bahia
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